paris vale uma missa...

... e vários posts na volta!
por enquanto, deixo imagens e sorrisos daqui.

cartão de natal

amores meus, já estou indo para o meu fim de ano além-mar. deixo aqui meu desejo de que vocês tenham um natal cheio de paz e alegria e que 2010 venha lindo para todos nós. estarei longe, e com o fuso adiantado, mas com vocês no coração. estejam certos de que lembrarei de cada um de um jeito personalíssimo e especial. prometo mandar notícias [e - quem sabe? - postar umas fotinhas], se der. até lá, sejam bonzinhos [senão papai noel não vem!], comam rabanadas e fiquem em paz.
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recadinhos do coração: mô, você estará na place des vosges comigo. clarita del valle, pisarei o chão de ávila com toda a deferência recomendada, sentindo você ao meu lado [até que tenhamos merecimento espirutual para fazermos isto juntas, de verdade]. fá, farei uma oração por você na sacré coeur. e já sei que pensarei em ti que só, tró, na plaza mayor de salamanca.

16 do 12

não, queridos, eu não seria capaz de descrever o dia [bizarro] que tive. menos ainda as figuras grotescas que passaram pela minha mesa - uma mistura de filme do almodóvar com pegadinha do malandro. surreal, e nada encantador. mas amanhã é dia 16 do 12, e eu hei de sobreviver.

'afinal, o que é uma mulher sem malas?'


porque hoje meu ganhador estava aberto e, além de um belo colar de prata com pingente coral, ganhei este livro da mamãe - para ler no avião. a.do.ro danuza. tanto que não resisti e acabei lendo alguns trechos [hilários], de páginas que fui abrindo aleatoriamente. trata-se de um pequeno roteiro sobre o que fazer [e o que não fazer] em quatro cidades que a autora entende essenciais: sevilla, lisboa, roma e paris. um presente bem oportuno para quem está fazendo as malas e indo para aquelas bandas esta semana - eu diria. segue um trechinho, do capítulo intitulado 'caviar e george v', para vocês se divertirem, como eu me diverti: '...para me ajudar a raciocinar, pedi uma vodka au poivre - apimentada e rosada, geladíssima; a vida começou a ficar bela, aliás, belíssima. escolhi uma assiette aux trois harengs, três tipos de arenque com creme, cebola cortada fina e alcaparras. em seguida, uns blinis, claro (os melhores de paris). mas com quê? caviar? o preço do beluga era 880 euros, cem gramas; do osciètre, 650, e do mais baratinho, o sevruga, 590. só se tivesse sido convidada pelo sultão de brunei. pedi blinis com ovas de salmão, a 33 euros os cem gramas, fiquei extremamente feliz, e o mundo se tornou um paraíso. desci a avenue george v, jurando que não compraria absolutamente nada, juramento que cumpri. tinha a intenção de ir ao hotel george v, mas, depois de duas - ou foram três? - vodkas, não deu. minha amiga tomou o rumo de casa, e eu fui flanar na direção do sena, e acabei indo a pé até meu hotel, em saint-germain des prés. uma linda e deliciosa caminhada. o george v amanhã, talvez. amanhã, com certeza. e, no dia seguinte, como tinha combinado comigo mesma: hotel george v. afinal, como não conhecer um dos hotéis mais chiques de paris? de blazer armani e jeans, entrei na portaria me achando. acho que eles também me acharam, porque foram gentilíssimos. queria tomar um chá, mas as mesas estavam todas ocupadas. fui, então, para o bar... eram cinco horas, e estava cheio; muitos jovens, que deviam ser os donos das ferraris e maseratis estacionadas em frente ao hotel. pedi um campari, disse que estava esperando uma pessoa, e o garçom, todo sorrisos, perguntou se eu não queria um jornal ou uma revista. para dar um ar de séria, pedi o le monde e, enquanto fingia que lia, fiquei observando o bar. os garçons que ficam atrás do balcão usam colete de brocado, e os que servem, terno e gravata. havia orquídeas dentro de um aquário, e em cada mesa um vasinho micro, com uma orquídea plantada... o hotel é suntuoso, mas - tem sempre um mas - contrataram um florista de los angeles. convenhamos: entre paris e los angeles a distância cultural é imensa, e o george v, cuja marca registrada era um imenso buquê de flores no hall de entrada, agora tem, espalhados por todos os seus espaços, vasinhos deitados com flores estranhas, o que até iria muito bem na califórnia, mas em paris é um insulto. apesar de todos os confortos que o hotel oferece - piscina, vários tipos de massagens, limpeza de pele, e uma sala de ginástica aberta dia e noite -, uma pessoa de bom gosto não pode deixar de se sentir agredida por aquela visão horrenda das flores, da qual ninguém escapa. precinhos: quarto normal, 695 euros, suíte especial, 4800, suíte real, 11 mil. como em paris você passa pelo menos doze horas do dia na rua, cada hora na suíte real sai por quase mil euros. no hall do hotel havia uma mulher envolta em panos, com aspecto muito simples. levava uma sacolona de tecido e um bebê no colo. achei estranho que ela estivesse ali, no hall de um hotel tão chique. logo depois encontrei a mesma mulher na loja da louis vuitton, confortavelmente instalada, tirando da sacola uma garrafa térmica e fazendo uma mamadeira para o bebê. devia ser uma princesa árabe - ou a babá de alguma riquíssima, pois, nos dois lugares, foi muito bem tratada. e agora vou ter que falar da loja vuitton... vou ter que falar. na calçada, um grupo esperava para entrar. tive a impressão de que os seguranças esperam que saia uma leva para entrar outra, mas, se você está bem-vestida - e eu estava -, com uma bolsa de grife (o porteiro conhece tudo) e aquela cara decidida de quem vai comprar, não tem problema, a porta é aberta com um simpaticíssimo 'bonjour, madame'. a lv se tornou um luxo banal - não no preço -, e de uma vulgaridade absoluta. e preste atenção na criatividade: pegaram vários modelos de bolsas lv, de várias cores e formatos, cortaram em pedaços - uns retangulares, uns quadrados, outros em triângulos -, fizeram um patchwork e montaram um novo modelo de bolsa - horrenda, por sinal. preço: 50 mil dólares. foi demais para a minha cabeça; precisei sair correndo dali. aquele vuitton clássico, de bom gosto, não existe mais. saí, passando mal, e, quando olhei para o fouquet´s, do outro lado da rua, quase desmaiei: a porta de entrada eram uns arabescos feitos de alumínio, imagine por quem? philippe starck. quero declarar, a quem interessar possa, que tenho pavor a tudo o que é feito por philippe starck. fui descendo a avenue george v, e felizmente encontrei a filial da hermès, para me refazer de tantas agruras;... respirei aliviada. o mundo ainda é possível. mas, como tinha tirado a tarde para percorrer aquele quartier, o 8ème, e já eram mais de sete horas, resolvi ir até o amargo fim e tomar um drinque no bar do plaza; decorado por quem? por um discípulo de philippe starck... diante dos últimos acontecimentos, pedi uma vodka dupla: eu merecia. lembrei daquele filme de buñuel e tive medo de nunca mais poder sair de lá, e, para não correr nenhum risco, pedi a vodka e a conta, junto. e fiquei olhando aquele mundo de jovens desocupados que passam a vida fazendo o circuito prada - vuitton - george v - plaza, e saí de lá quase correndo, louca para voltar para meu mundo. não, aquela ilha dentro de paris não foi feita para mim'.
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bom demais, né?

dilema shakespeareano

escrever ou não escrever? - eis a questão.

with or without you

see the stone set in your eyes
see the thorn twist in your side
i wait for you
sleight of hand and twist of fate
on a bed of nails she makes me wait
and i wait for you
with or without you
with or without you
through the storm we reach the shore
you give it all but i want more
and i´m waiting for you
with or without you
with or without you
i can´t live
with or without you
and you give yourself away
and you give yourself away
and you give
and you give
and you give yourself away...
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porque rodar a praça portugal iluminada ouvindo with or without you pode ser o momento mais bonito de um dia.

.por onde andei.

.por onde andei.
.sob o céu furta-cor de jeri.

.pela orla da minha querida cascais.

.por entre as milhares de bicicletas de amsterdam.

.pelas ruas medievais da irretocável bruges.

.sob as luzes e sombras da grand place, em bruxelas.

.pela simétrica [e linda!] place des vosges, em paris.

.pela incrível plaza de españa, em sevilla.

.pelo fabuloso parc güell, em barcelona.

.pela recoleta, em buenos aires.

.pelas muralhas de óbidos.

.pela nascimento silva, em ipanema.

.pela cidade alta, em salvador.

.pelo pico alto, em guaramiranga.

.pelas charmosas ruas de sintra.

.pela torre de belém, em lisboa.

.pelas margens do douro, no porto.

.pelo casco viejo, em santiago de compostela.

.pelo meu retiro, em madrid.

.caminham comigo.

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.plágio é crime e atestado de burrice.

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.presentinhos.

.presentinhos.