ando assim. às vezes reto. às vezes torto. às vezes pra frente [como quer minha lua em aquário]. às vezes pra trás [como mandam meu sol e minha meia ascendência em câncer]. algumas vezes tão para a distância que vejo canas, cajaranas, jambos e graviolas no caminho. às vezes ando sorrindo. às vezes cantando. outras vezes ando chorando. ou com vontade de. ando pra lá e pra cá. como nunca antes. ando pra longe e volto [por lugares onde antes nunca andei e pra onde nunca deveria ter saído]. a passos às vezes largos. às vezes curtos. porque a vida é cíclica. às vezes chego cedo. às vezes tarde. às vezes tarde demais. algumas vezes ando com fé. mas a fé contradiz meu querido gil e costuma faiá [sic] ô lá lá. aí eu volto para a estação ‘para sempre’. e começo a andar de novo. porque pr´eu desistir ‘tem é zé’. porque quando eu desisto é pra nunca mais. e ‘nunca mais’ é minha última estação. e tenho dito!
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escrevi isso há alguns anos, num blog que tive, intitulado gérbera laranja. quando o deletei, desconectando para sempre as palavras ali juntadas a tanto custo emocional, achei tão revelador este post que o guardei. e hoje, pensando na vontade quase diária que tenho tido de desistir de um certo aspecto da minha vida, lembrei como é longe a minha estação ‘nunca mais’. mas saber, simplesmente, que ela existe, e que é o fim irrevogável da linha para mim, me conforta. iê-ê, vou dormir que o meu mal é sono.
4 comentários:
é tipo isso mesmo, viu?
:*
amo tu.
isso é tão Caio Fodástico, tri!!!
bjs meus
E eu te acompanho desde a Gérbera!!
Bjk e fique com Deus
Fá
costumo dizer que tenho uma paciencia quase infinita, mas quando ela acaba, geralmente é para sempre. como dizia nelson rodrigues... "convém não facilitar com os bons, convém não provocar os puros. Há no ser humano, e ainda nos melhores, uma série de ferocidades adormecidas. O importante é não acordá-las."
lindo texto o seu.
ana claudia
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