zelaya e zé mayer

endossando a campanha enviem o josé mayer para resolver o imbroglio diplomático em honduras, sugiro que, depois de resolvida a crise nuclear no irã de ahmadinejad, o enviem para negociar com kim jong-il o retorno da coréia do norte ao tratado de não-proliferação de armas nucleares. se ele lograr sucesso nestas empreitadas, estou certa de que o brasil, finalmente, terá seu assento permanente, e com direito a veto, no conselho de segurança da onu. e, a partir de então, as cadeiras serão nomeadas, assim como são na academia brasileira de letras, e a do brasil ganhará o nome de seu imortal patrono: zé mayer.
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baidêuei, alguns dirão que é só uma crise de abstinência de raj, mas ouso pensar que maneco e jayme monjardim desaprenderam a fazer novela. minha vida, mais severina do que nunca nestes últimos dias, ainda não me deixou assistir mais do que três capítulos de viver a vida, mas foi o suficiente para perceber que a novela precisa melhorar muito para ficar ruim. a helena jovem de taís araújo não convence. o núcleo negro trabalha pior do que eu e carol n´o rapto das cebolinhas - produção independente gravada no final da década de 80 num apartamento da lauro maia. nem o zé mayer, o maior pegador da televisão brasileira de todos os tempos, vestiu ainda a carapuça de homem-mais-velho-charmoso-galante-inteligente-e-rico-que-conquista-qualquer-uma. até agora, só as imagens do rio e a trilha da abertura [sei lá, a vida tem sempre razão], do meu vinícius [com toquinho], garantem o registro da minha audiência no ibope.

piada de português

rindo sozinha aqui, lembrando da situação ridícula que vivi: estou eu caminhando pelas charmosas ruas de sintra quando me deparo com esse lugar aí da foto. quem me conhece sabe que eu sou louca por bicho, então fiquei logo toda feliz. fui direto lá na guaritinha que tinha na entrada e perguntei: "- bom dia, é um zoológico aqui?". e a mulher, com um puta sotaque português: "- não, no zoológico os bichos são vivos". o pior é que ela deve estar crente, até agora, que a burra sou eu.

track 8

ah, insensatez que você fez /coração mais sem cuidado / fez chorar de dor o seu amor / um amor tão delicado / ah, por que você foi fraco assim / assim tão desalmado (?) / ah, meu coração, quem nunca amou / não merece ser amado / vai, meu coração, ouve a razão / usa só sinceridade / quem semeia vento / diz a razão / colhe sempre tempestade / vai, meu coração, pede perdão / perdão apaixonado / vai, porque quem não pede perdão / não é nunca perdoado...
[vinícius de moraes & tom jobim]
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eu canto baixinho, e amo cada vez mais.

aquém da imaginação

setembro passa rápido, entre seus muitos aniversários e o meu pouco tempo. ando trabalhando 11, às vezes 12, horas por dia. e aprendendo muito, especialmente sobre mim. tenho vivido dias tão aquém da minha imaginação que estou quase convicta da existência do destino. só há uma certeza nesta vida: tudo pode acontecer.

almas afins - parte II

e me vem um novo comentário, desta vez da ana cláudia, que me lê do novo méxico, dizendo que sua alma flutua pela dom luís de quinze anos atrás, pela andaluzia de seus pais, e pelos canyons e desertos do arizona, onde ela encontrou o seu amor.
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quando eu digo que amo essa biroska...

9/11

e ontem foi 11 de setembro - uma data emblemática pela infâmia daquela manhã de 2001. todos nós vivemos aquela manhã de terça-feira. e depois daquela estranha terça-feira ninguém mais no mundo viveu um dia 11 de setembro como antes. todo mundo lembra exatamente onde estava, com quem estava, como recebeu a notícia, o que sentiu. para ninguém mais a data passou desapercebida. nos quatros cantos, e em todas as línguas do mundo, as pessoas dizem 'hoje é 11 de setembro'. pesquiso terrorismo desde 2003. já li um monte sobre a representatividade da nomeação do evento pela data e tenho minhas críticas à política externa norte-americana e à maneira como o mundo encara diferentemente as coisas quando o alvo é ocidental. porém, contudo, entretanto, todavia, não obstante, também lembro como vivi, com horror e certo entorpecimento, aquela manhã de terça-feira. eu morava em são paulo. deveria ter ido à aula, no damásio da liberdade, mas acabei dormindo mais do que poderia. devo ter acordado justo quando o primeiro avião atingiu a primeira torre, por volta das 9:30, horário de brasília. mexia uma caneca de leite desnatado com nescau na pequena cozinha americana do flat da rua joinville quando ouvi o fernando dizer que um avião havia batido no wtc. corri para o quarto e sentei, estupefata, diante da televisão, onde fiquei sabe Deus por quanto tempo, vendo e revendo aquelas imagens surreais, sob a legenda 'america under attack' da cnn, demorando para entender que o que eu estava assistindo ao vivo, quando o segundo avião atingiu a segunda torre, não era apenas uma reprise. lembro de ter tido certeza de que estávamos entrando na 3ª guerra mundial. de ter telefonado chorando para casa, em fortaleza. de ter falado com o meu pai. da vontade quase infantil de estar perto dos meus. lembro de como eu achei a vida parecida com a ficção quando as torres desmoronaram daquele jeito calculado e consecutivo. e de como eu achei o mundo um lugar estranho e inóspito.

almas afins

como não poderia deixar de ser, o último post me rendeu as melhores respostas ever. a idéia era a de saber em que lugares vocês sentiam que deixaram, ao visitar, um pedaço da alma. mas como as almas que vagam por esta biroska vieram de um lugar muy especial e very much criativo, não era de surpreender que as respostas não se limitassem ao óbvio ou ao solicitado. ju disse que ia responder no blog e o fez com uma singeleza tão grande que me emocionou profundamente [e eu juro que quase pude ver as almas dela e do márcio dançando as sinfonias de mahler e rachmaninov no palco principal do tja]. mô foi de uma propriedade tão absoluta que estou certa de que ela está em cada um dos lugares referidos e que sentirei fortemente a sua presença quando passar sob os arcos da place des vosges em dezembro. ana d., como era de se esperar, foi além da imaginação e me trouxe a poética imagem de uma moça bonita, vestida em branco esvoaçante, pairando sobre o marrocos, a escócia e os fiordes noruegueses. fá, com a essência de ar que lhe é peculiar, viaja com o pensamento tal qual fernando pessoa e diz que se sente feliz de verdade é quando sua alma flutua junto às das suas aline e amanda. clarita del valle é um caso à parte - como sempre, aliás - e diz que sua alma não flutua, mas vadia por neverland, lamentando mudamente os imperativos categóricos da vida adulta.
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eu preciso dizer que amo esta biroska. entre outras coisas porque ela me permite flutuar junto às minhas almas afins.
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p.s.: novos comentários serão bem-vindos.

minha alma flutua...

...por entre as árvores do retiro...
...sobre o mar de salvador...
...às margens do douro...
...sobre o jardim do cemitério da recoleta...
...por entre os coloridos mosaicos do parc güell...
...pelas estreitas ruas de ipanema...
...por entre as laranjeiras de sevilla...
...no meio das gentes na paulista...
...pelas muralhas de óbidos...
...nas alturas de sintra...
...por entre as árvores da alameda de santiago de compostela...

.e vocês, queridos, por onde flutuam as vossas almas?.
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*inspirado no comentário deixado por ana d. no post 7ème arrondissement.

créu

como está minha experiência na direção acadêmica? digamos que estou dançando o créu na velocidade dez. e por falar em dez, os dez dias já viraram quinze, e os quinze dias já viraram vinte. é, já diria o grande filósofo mc créu que 'tem que ter disposição... tem que ter habilidade...'.

7ème arrondissement

passei meu feriado descansando e estudando os arrondissements. tentei lembrar de quando estive por lá, com minha mãe, em 95. revi as fotos e tudo, mas não me reconheci. eu era, então, outra pessoa. tinha cabelo chanel e usava batom. de lá para cá, vivi uma vida inteira. conheci todas as pessoas que, afora minha família, foram, ou são, de alguma maneira, importantes na minha vida. por muitas razões acho que este retorno será como uma primeira vez. penso que paris é uma cidade para se visitar depois dos trinta. há muitos detalhes que só podem ser vistos por olhos suficientemente adultos. muitos mais que o tapete de neve sobre o champ de mars ou que o verde-musgo-dourado da pont alexandre III, que me causaram tanta impressão daquela vez. me sinto pronta para este retorno. haverão outros destinos, igualmente belos e charmosos, mas nada que neste momento me seduza mais do que esta volta. gosto de voltar. de rever pessoas e filmes, revisitar lugares, reler livros. não, não me entedio nunca. sim, poucas coisas me fazem mais feliz do que a perspectiva de uma viagem.
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da série 'meu bina não mente': pois não é que já me acharam por aqui?!

digressões

tive uma semana cheia. de trabalho. de emoções. de desafios. de aprendizado. aprendo rápido. e me adapto fácil. às coisas e às pessoas. também às tarefas. sou mais capaz do que me julgo. e mais querida do que pensava. as pessoas me ajudam. me querem bem. isso é bom. cansaço houve. o suficiente para me fazer agradecer conscientemente por cada pé descalçado. por cada banho tomado. por cada roupão vestido. meu roupão tem cheiro de casa. tem cheiro de calma. tem cheiro de paz. é reconfortante e branco. eu gosto. gosto também da pessoa que a vida tem me dado oportunidade de aprender a ser. mais confiante. mais firme. mais sagaz. cada vez mais acredito que mais vale trabalhar que aparecer. ignorar solenemente a inveja e o despeito alheios. não trapacear. tenho cada vez mais consciência de mim mesma. dos meus processos internos. dos meus limites. do que não posso suportar. vivi grandes perdas e grandes ganhos nos últimos tempos. como se coisas tivessem se acumulado para acontecer. tenho aprendido a conviver com o imprevisível e com o improvável. a aceitá-los como elementos de uma vida que tem vontade própria. que nos guarda surpresas impensadas e nos conta segredos que não pedimos para saber. setembro é um mês cheio de aniversários. haja dinheiro para comprar presente e pilates para queimar as calorias dos bolos. as árvores daqui estão discretamente cheias de flores. é primavera em fortaleza. só vê quem está atento. há muito vento. espalhando folhas, pólen, gripes e boatos. não é recomendável estacionar debaixo de árvores. o vidro da frente do meu carro amarelo está trincado. meu coração também. o de todo mundo com mais de trinta está. a esta altura da vida há sempre uma saudade a lamentar, um amor a recordar, uma mágoa a curar, um arrependimento, uma dor. se não, há a dor do mundo, que só nos permite ser relativamente felizes. quem sente a dor do mundo não pode ser plenamente feliz.

bingo!

sorte do dia: a aprendizagem é um tesouro que segue seu dono em qualquer lugar.

.por onde andei.

.por onde andei.
.sob o céu furta-cor de jeri.

.pela orla da minha querida cascais.

.por entre as milhares de bicicletas de amsterdam.

.pelas ruas medievais da irretocável bruges.

.sob as luzes e sombras da grand place, em bruxelas.

.pela simétrica [e linda!] place des vosges, em paris.

.pela incrível plaza de españa, em sevilla.

.pelo fabuloso parc güell, em barcelona.

.pela recoleta, em buenos aires.

.pelas muralhas de óbidos.

.pela nascimento silva, em ipanema.

.pela cidade alta, em salvador.

.pelo pico alto, em guaramiranga.

.pelas charmosas ruas de sintra.

.pela torre de belém, em lisboa.

.pelas margens do douro, no porto.

.pelo casco viejo, em santiago de compostela.

.pelo meu retiro, em madrid.

.caminham comigo.

follow me on twitter!

.plágio é crime e atestado de burrice.

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.presentinhos.

.presentinhos.